Qual das duas dores mais
sentida e angustiante,
que o coração se flagela e tanto suporta?
Será ter a mãe, no leito
sepulcral, morta!
ou, o filho, nos braços maternais,
prostrado, sucumbido?.
São dores que na serena alma, a escurece,
o peito se rasga e o sangue
trespassa.
São lágrimas que sufocam os
sentidos;
são gemidos que se gravam na vida
dilacerada.
Dizei-me ó gente!
Qual a dor mais sentida destas
mortes tidas:
ter um filho nos braços, com a
vida vencida
ou uma mãe, agora perdida,
sucumbida, que era querida,
ser que na vida nos criou e nos
deu a vida.
São dias que a escura noite
trespassa o sentir,
flagelados corações que à
dolorosa cruz se viu;
é pranto amortalhado que o
coração sentiu,
mas que dor mais forte, pode a um
ser, vir?
Pois a vós vos digo!
Estes são sinais da vida do ser,
que na vida passam;
dores que no peito, se gravam e
trespassam...
São caminhos que flúem e à
realidade nos chamam
para a nova Luz que acreditamos e
desejamos.
Valdemar
Muge