Vejo no vosso
olhar quando a rua percorres,
reflexos de luz, alegria e tristeza,
eles são dons da vossa
beleza,
são sentidos da sua presença.
A vossa face, é espelho de quantas passagens do tempo,
tem os caminhos da essência percorrida,
da caminhada da infância iniciada
aos dias do tempo presente.
Tem os encantos dos sorrisos da felicidade,
tem as lagrimas dos destinos encontrados.
Na vossa face, estão os encontros do amor,
os encontros da felicidade, da dedicação.
Na vossa face, quando a rua percorres
e eu que por vós passo,
no cruzar de olhar que faço,
pergunto se vosso olhar não encobre sentidos,
sofridos, queridos, com esse sorriso,
a outra face de tristeza na alma, alojada.
Estes são os dias construídos dos seres,
os dias dos encontros e dos olhares sentidos.
O mundo criado dos sentidos que iluminam os olhares
e espelham nas faces marcadas pela passagem do tempo.
As palavras são abafadas pelo som do silencio, não se
ouvem;
A voz dos sentidos ecoa no espaço presente,
os corações, esses, guardam todas as atitudes
passadas,
e os pensamentos idealizam os sonhos do desejo para o
futuro.
Os olhares
caminham ao encontro da vivencia,
eles procuram o
que ainda lhes falta,
quantos, o brilho
da alegria,
outros, a
quietude da felicidade.
No caminho, vai
ficando o aroma e encanto da vivencia,
com o desejo duma
essência fraternal entre todos.
Valdemar Muge