AFINAL NÃO SEI QUE VIDA TERIA
Afinal não sei que vida teria,
a que tenho ou outra desejaria ter...
mas essa que não tenho,
como saberei se depois a quero e nela ser?
Se esta que a amo, a outra, mais a viria amar?...
Não sei. Mas para quê, ter essa ilusão? ...
Se quem manda é o coração,
e na outra poderia como esta, o amor cantar.?
A felicidade, por mais que se tenha,
sempre se acha que pouco seja...
se então outra vida tivesse,
será que mais feliz nela estivesse?
Que importa dizer que se é infeliz,
se a vida tem dor e amor,
porque no coração, cabe o sofrimento e a paixão,
dons da essência, bons ou fracos, são o que são.
O melhor, então, será guardar dentro de nós,
os dons que esta vida deu,
a beleza que nos vem em cada dia,
em cada amanhecer, que para nós nasceu.
Receber cada sorriso, essas carinhosas dádivas,
e partilhar cada ternura que nos é oferecida.
De cada momento, bendizer a luz do sol,
e o alimento da chuva,,
esses presentes que nos dão vida dia-a-dia.
Graças daremos á vida que recebemos,
porque outra vida se o destino não deu,
é porque nossa não era e doutro seria seu,
e esta, nossa era para vivermos o importante que tinha.
Eu, serei o sonhador no que sou,
abraçando as auroras, caminho e vou,
neste sentir da existência que a vida me deu.
Valdemar Muge