Friday, November 01, 2024

AFINAL NÃO SEI QUE VIDA TERIA


AFINAL NÃO SEI QUE VIDA TERIA



Afinal não sei que vida teria,

a que tenho ou outra desejaria ter...

mas essa que não tenho,

como saberei se depois a quero e nela ser?

Se esta que a amo, a outra, mais a viria amar?...

Não sei. Mas para quê, ter essa ilusão? ...

Se quem manda é o coração,

e na outra poderia  como esta, o amor cantar.?

 

A felicidade, por mais que se tenha,

sempre se acha que pouco seja...

se então outra vida tivesse,

será que mais feliz nela estivesse?

 

Que importa dizer que se é infeliz,

se a vida tem dor e amor,

porque no coração, cabe o sofrimento e a paixão,

dons da essência, bons ou fracos, são o que são.

O melhor, então, será guardar dentro de nós,

os dons que esta vida deu,

a beleza que nos vem em cada dia,

em cada amanhecer, que para nós nasceu.

Receber cada sorriso, essas carinhosas dádivas,

e partilhar cada ternura que nos é oferecida.

De cada momento, bendizer a luz do sol,

e o alimento da chuva,,

esses presentes que nos dão vida dia-a-dia.

Graças daremos á vida que recebemos,

porque outra vida se o destino não deu,

é porque nossa não era e doutro seria seu,

e esta, nossa era para vivermos o importante que tinha.

 

Eu, serei o sonhador no que sou,   

abraçando as auroras, caminho e vou,

neste sentir da existência que a vida me deu.

                                                                                

Valdemar Muge