Sunday, November 24, 2013

TU QUE POR MIM PASSASTE


Tu que passaste por mim,
e rias, rias do que vias...
Das meras aparências
moldadas para consolo da vista
e uma aparente oferecida felicidade.

Tu, que por mim passaste
quando nas geladas nuvens das insensibilidades,
não viste gravadas as verdades
nas pedras das ruas, as lágrimas que vi!

Olhai e vede nos espelhos partidos, caídos,
as faces doridas com as cicatrizes marcadas!
Vede os rastos deixados, sofridos,
sulcados nas pedras das recalcadas dúvidas!

Para onde vamos? Para onde?!
Com tanta amargura e desespero constante!

Riem-se, riem-se pobres insensatos!
Se ao menos os vossos risos,
quão impertinentes,
alegrassem as faces moribundas!...

Mas não,
tudo isso é vão.

Eu, já nem lágrimas tenho
para derramar nas árvores da esperança,
só vejo os velhos troncos da incerteza.
Já não tenho força,
para correr com o vento
à procura das águas das futura confiança,
para banhar a terra desflorada, abandonada,
e caminhar no chão das verdades prometidas.

Aqui fico...
         Aqui fico, desiludido...

            Valdemar Muge 

Sunday, November 10, 2013

NA RUA


São como nuvens correndo
sem que olhem e vendo
no espaço da rua agitada.
São seres com angústia guardada,
gente que trabalha e quer ser amada…
mas como correm e são apressadas!

Gente esta que o destino lhes deu,
sempre correndo para que algo seja seu.
Quando passais por mim, não vedes
minhas mágoas, (sofrimento só meu...)
Essas, não as procureis, porque são só minhas…
Seja de cada qual, aquilo que é seu.

Olhai que as nuvens às vezes vêm escuras
e quantos charcos e danos deixam nas ruas
e nos seres que na vida percorrem…
nessas viçosas flores que aqui permanece,
até parece que trazem às vidas,
a dor que na vida acontece.


 Valdemar Muge

Friday, November 01, 2013

EM CADA INSTANTE


Em cada instante encontro o amor:
Com os olhos inocentes e ternos,
o coração no doce desejo de dar
e as volúveis mãos no afago de acarinhar,
       cada dia tem mais brilho e a noite mais encanto.

Te encontro na inocente criança
que recebe  o afago desejado;
no idoso, o grato carinho que ainda vem,
mas saudoso da mocidade que já não tem
        mas de querer ainda o ser e com todos viver.

Amor, está na mulher que o mundo abraça,
porque tem a ternura que a todos enlaça.
Contigo, vou nos dias sempre amados
na esperança que renova os corações abraçados,
       embalados nas queridas inesquecíveis memórias.

Seremos os seguidores do amor
para que sempre floresça com fervor
em todos os corações:
a doce paz e queridas uniões
        que o mundo tanto precisa e anseia.

Possuiremos a simplicidade das crianças
e teremos o inocente e puro amor, doces carícias;
Tenhamos nos corações a simpatia da afagada mulher,
porque nela floresce o amor,
do seu regaço sai o amor
        que os corações querem ter.

 Valdemar Muge